Médica de Nova York que tratou pacientes com Covid-19 se suicida

Uma médica de Nova York que atendeu pacientes com o novo coronavírus se suicidou em Charlottesville, Virgínia, informou a Polícia em um comunicado.


‘Nós adoecemos, vocês adoecem’ diz cartaz exibido em protesto de enfermeiros e outros profissionais de saúde no Centro Médico Jacobi contra condições de trabalho no Bronx, Nova York, 17 de abril de 2020 (Crédito: AFP)

Lorna Breen, de 49 anos, que chefiava o departamento de emergência do Presbyterian Allen Hospital em Manhattan, que recebeu grande fluxo de pacientes com Covid-19, morreu no domingo por ferimentos autoinfligidos.

Embora não estejam claras as motivações que a levaram ao suicídio, sua família, a polícia e seus colegas sugeriram que sua morte estaria relacionada com o estresse que os trabalhadores sanitários enfrentam no combate à pandemia do novo coronavírus.

A médica se encontrava na Virgínia, onde estava com a família.

Ela tentou fazer seu trabalho e isso a matou”, disse seu pai, Philip Breen, ao jornal The New York Times.

Ele acrescentou que sua filha não tinha antecedentes de problemas de saúde mental e ela mesma tinha se infectado com o coronavírus e se recuperado.

Os profissionais de saúde e os de primeiros socorros que estão na linha de frente não são imunes aos efeitos físicos ou mentais desta pandemia”, disse a chefe de polícia de Charlottesville, RaShall Brackney.

O presidente do colégio americano de médicos de emergência, do qual Breen era integrante, afirmou que sua morte é um lembrete trágico do sofrimento que estão atravessando muitos profissionais de saúde.

A impossibilidade da situação em muitos dos nossos hospitais nos deixa profundamente feridos”, disse William Jaquis.

Mais de 17.300 pessoas morreram por Covid-19 no estado de Nova York, epicentro da pandemia nos Estados Unidos.

Com Informações: Istoé

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