Elogios do prefeito Djalma Melo à pré-candidata Maria Alves são apenas coincidências ou trapaças da sorte?

Prefeito Djalma Melo

A pandemia do coronavírus tem provocado reações estranhas. Neste sábado, por exemplo, em entrevista ao Programa Cidadania em Foco, da Rádio Progresso de Arari, a pré-candidata a prefeita Maria Alves enalteceu, de forma irrestrita, o prefeito Djalma Melo. Elogiou até mesmo a atuação do gestor no gerenciamento da crise da pandemia.

Sob a máscara do discurso conciliador, Maria Alves esqueceu-se que o crescimento do número de contaminados na cidade cresce exponencialmente; fingiu desconhecer a precariedade dos serviços ofertados pela prefeitura, no combate à pandemia da covid-19; desconsiderou o sofrimento dos infectados e desprezou os profissionais da saúde que diariamente correm o risco de também serem infectados por não disporem das condições mínimas necessárias para o exercício das atividades. Discurso de oposicionista que só vê perfeição nos atos dos seus adversários soa estranho.

Logo em seguida foi a vez do prefeito retribuir os gracejos da oposicionista rasgando elogios à adversária do seu candidato na próxima eleição. Não dá para negar que as duas almas bondosas agiram de boa-fé. Porém, é impossível não desconfiar de que se uma dessas almas bondosas quer reza, a outra quer mais do que orações: quer desestimular os demais adversários induzindo-os imaginar que Maria é a principal adversária.

Sabe o “iluminado” que Maria é a que tem maior rejeição e, consequentemente, o menor potencial de crescimento. É frágil, fácil de ser derrotada. Ou seja, simplesmente o prefeito demonstrou que prefere ver o seu candidato disputando com Maria Alves.

A troca de elogios entre Maria e Melo não é mera coincidência. São apenas “trapaças da sorte” a rondar a lógica de uma estratégia aparentemente boa, porém simplesmente frágil, inconsistente.

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