Marketing digital além da postagem: “Erra quem fizer campanha eleitoral na internet de qualquer jeito”

Eduardo Martins foi o responsável pela campanha publicitária vitoriosa do deputado federal Pedro Lucas Fernandes, sexto mais bem votado em 2018 com mais de 111 mil votos

Uma coisa é certa nas eleições de 2020, o cenário atípico exigirá adaptação de candidatos e pode ter impacto desde a fase das propagandas até os resultados.

Se antes existia a indefinição das datas, o Congresso aprovou a mudança para os dias 15 de novembro (1º turno) e o segundo turno para o dia 29 de novembro, que no Maranhão somente pode acontecer na capital, São Luís, mas mesmo antes do adiamento das eleições em mais de um mês, já se sabia que devido a pandemia, medidas de distanciamento social para prevenir o contágio do novo coronavírus afetarão um processo que sempre se deu de forma essencialmente presencial, inclusive com abraços e apertos de mão.

Procurado pelo Blog Maramais, o especialista em gestão de comunicação, marketing e currículo extenso em importantes campanhas, Eduardo Martins, dá um pouco sobre o panorama desse novo modo de se fazer eleições e afirma que o ambiente digital terá uma importância ainda maior do que se previa e do que vinha se fazendo desde 2016.

Estamos em um ano completamente atípico. Faltando quatro meses para as eleições e eu posso afirmar que as estratégias virtuais serão muito importantes nessa campanha e engana-se quem acredita que elas serão utilizadas somente em grandes cidades, redes como o facebook e o whatsapp podem gerar repercussão de candidatos em eleitores de cidades menores e que não tem nem tanta afinidade com a internet”, conta.

Com larga experiência em campanhas eleitorais (em 2018 assinou a campanha para deputado federal de Pedro Lucas Fernandes, eleito com mais de 111 mil votos) e campanhas municipais em São Luís e no interior, Eduardo Martins afirma que os candidatos postulantes às vagas de prefeito e vereador terão ainda um desafio maior esse ano : convencer os eleitores a comparecerem às urnas.

Sem dúvidas além de pedir votos, os candidatos terão que conscientizar os eleitores da importância da participação deles nesse processo democrático e a internet terá um papel imprescindível nisso. O caminho correto é o de encontrar a linguagem ideal para conversar com cada público e isso não pode ser feito de qualquer jeito.”, esclarece Eduardo Martins.

Sócio da jornalista Amanda Hellen na agência AHJOB Comunicação e comandando uma equipe de criação que gerencia atualmente a comunicação digital de grandes marcas no Maranhão, Eduardo Martins destaca dois pontos que precisam ser considerados, o discurso e a plataforma eleitoral. “Erra quem acha que fazer campanha na internet é mais simples ou fácil. Vai perder quem não souber entender o seu público, não utilizar um discurso adequado e corre inclusive um sério risco de viralizar de forma negativa ou ter o mandato cassado por propaganda ilegal ou não prestação de contas do que foi gasto na internet. É realmente um campo repleto de novidades e é preciso que os candidatos entendam isso”, conclui.

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