Parlamentar também destacou importância da expansão da empresa para a geração de emprego e renda no Estado.
O deputado Júlio Mendonça (PCdoB) usou a tribuna, durante a sessão plenária desta quarta-feira (8), para fazer um alerta sobre os possíveis impactos socioambientais que podem ocorrer com a expansão da Alumar nas comunidades do entorno. De acordo com o parlamentar, a Alumar anunciou o lançamento do projeto de expansão para o próximo dia 10, com a presença do vice-presidente da Repúblico, Geraldo Alckmin.
O parlamentar destacou a importância da expansão da Alumar para a geração de emprego e renda no Estado. “Em um estado pobre como o nosso, seria um contrassenso dizer que os três mil possíveis empregos a serem gerados pela Alumar não são importantes para o estado. Pelo contrário, são muito importantes, e que venham mais empregos para o povo do Maranhão”.
No entanto, Júlio Mendonça demonstrou preocupação com a destinação dos rejeitos, que podem impactar o meio ambiente e a vida da população, pois já existem dez áreas de rejeitos, totalizando quase 400 hectares de lama cáustica na região onde a Alumar está instalada.
“Eu estive no domingo visitando a comunidade do Igaraú, perto da Estiva. Uma comunidade que tem quase 300 anos. Uma comunidade que tem ainda suas florestas preservadas, suas nascentes e um belíssimo lago. O que, nesse momento, eu quero que façam reflexão, é que a aproximadamente 500 metros desse lago começam os lagos de lama cáustica da Alumar”, frisou.
Júlio Mendonça sinaliza ainda para a necessidade de mais transparência na política de responsabilidade e compensação socioambiental, a fim de combater e minimizar os efeitos decorrentes das atividades da Alumar.
“Fico feliz se essa modernização da Alumar apresentar um novo modelo de destino dessa lama cáustica. Eu quero finalizar dizendo que eu não sou contra a Alumar. Pelo contrário, temos que gerar mais empregos para o nosso estado. Agora, dentro de uma Ilha como São Luís, nós temos que ter a responsabilidade, além da geração de emprego. É importante saber qual é o passivo ambiental que está ficando para as comunidades. Nós temos que perguntar qual é a compensação que essas empresas estão fazendo dentro do seu planejamento para as comunidades do entorno”, finalizou o parlamentar.