Durante uma sessão acalorada na Câmara Municipal de Estreito, o vereador Diney Brito Noleto trouxe à tona uma série de preocupações sobre a gestão financeira do município. Em uma intervenção incisiva, o vereador expôs detalhes alarmantes sobre um empréstimo de cinquenta e cinco milhões de reais autorizado pela câmara municipal e os desdobramentos que levantaram sérias suspeitas.
“Seu presidente, hoje eu confesso que estou preocupado“, declarou o vereador no plenário, ressaltando sua inquietação desde a aprovação do empréstimo milionário para o município de Estreito. Ele revelou que trinta e cinco milhões de reais já foram liberados, e alertou que o montante total a ser pago pelo município chegará a setenta milhões de reais, colocando um ônus pesado sobre os moradores da cidade.
Uma das questões levantadas por Noleto foi a relação obscura com a empresa Amaral, que segundo ele, apresentou um pedido de reequilíbrio financeiro que resultou em um aumento significativo nos custos da obra. “Isso aqui é uma coisa grave“, enfatizou o vereador, prometendo levar todas as informações ao Ministério Público para investigação.
Noleto criticou a falta de transparência e a ausência de licitação adequada, questionando por que a prefeitura optou por uma modalidade de contratação que permitiu aumentos substanciais nos custos do projeto. “Nós temos que zelar pelo dinheiro da nossa cidade“, afirmou, ressaltando a importância de garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma responsável e em benefício da comunidade.
O vereador expressou indignação com a justificativa da empresa para o aumento dos custos, que atribuiu à pandemia. “É uma brincadeira sim“, criticou Noleto, destacando a necessidade de responsabilização e transparência na gestão dos recursos públicos.