Mourão teria mais condições para liderar o país neste momento, diz Flávio Dino

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), defendeu nesta quinta-feira o impeachment do presidente Jair Bolsonaro por sua condução no combate à pandemia, que já resultou em mais de 300 mil mortes por covid-19 no país. Na Live do Valor, ele afirmou que o vice-presidente Hamilton Mourão tem mais condições de tirar o Brasil da crise sanitária do que Bolsonaro.

Não tenho dúvida de que Mourão teria mais condições para liderar o país neste momento”, afirmou Dino. “Um eventual governo Mourão seria mais apto a tirar Brasil desse pântano terrível”, disse. “Ele [Mourão] tem mais capacidade cognitiva, mais devoção ao trabalho; teria ao menos uma agenda de trabalho.

O governador avaliou que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), “acendeu a luz amarela” na quarta-feira, em relação ao governo Bolsonaro, ao sinalizar que o Congresso pode se valer de um remédio “amargo” para tentar minimizar a crise sanitária. Segundo Dino, Lira “conferiu maior plausabilidade” a um eventual impeachment de Bolsonaro.

Dino defendeu ainda que o Legislativo pressione mais o governo, para evitar que a crise se aprofunde ainda mais no país. “É preciso colocar Bolsonaro em uma espécie de camisa de força constitucional.

Um dos principais líderes da esquerda, Dino afirmou que “jamais votaria” em Mourão, mas afirmou que o vice-presidente representa uma distinção entre a civilização e a barbárie representada por Bolsonaro. O governador afirmou que a gestão atual já tem uma forte presença de militares e que dificilmente um eventual governo Mourão teria ainda mais participação das Forças Armadas.

Bolsonaro não vai mudar, ele é uma pessoa despreparada. Ele não tem preparo nenhum, mas Mourão teria”, disse.

Na avaliação do governador, o Brasil estaria melhor hoje se há um ano tivesse aberto um processo de impeachment contra Bolsonaro. Dino disse que o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) errou ao não permitir a abertura de um dos mais de 60 pedidos de afastamento do presidente.

Valor Econômico

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